Primórdios 1969-1976
Formada por originalmente Al Atkins (vocalista), K.K. Downing (guitarrista), Ian Hill (baixista) e John Ellis (baterista). O nome Judas Priest (baseado no nome de uma música de Bob Dylan, The Ballad Of Frankie Lee And Judas Priest) já havia sido usado por uma banda anterior de Atkins e Ellis, que logo sairiam da nova formação, dando lugar a Rob Halford (vocalista) e John Hinch (baterista) que tinham tocado na banda Hiroshima. Mais tarde se juntou à banda mais um guitarrista, Glenn Tipton (as guitarras dobradas seriam mais uma marca a ser imitada entre as bandas de heavy metal inglesas que se seguiram).Durante anos, lançando discos por selos locais, a banda não conseguiu sair do underground (a sonoridade era realmente má) mas conseguiu juntar uma legião de seguidores e outras bandas que copiavam seu estilo.
Rocka Rolla
O álbum estreia da banda foi Rocka Rolla, em 1974. O disco foi produzido por Rodger Bain, que ficou conhecido por produzir os três primeiros álbuns do Black Sabbath. Após o lançamento, o baterista John Hinch abandonou a banda e foi substituído por Alan Moore (que havia tocado algumas vezes com o Priest logo após a saída de Ellis).
A banda aproveitou as composições de Al Atkins sendo bem cantadas por Halford, mas o álbum não teve tão boa repercussão pela crítica.
Sad Wings of Destiny e Sin After Sin, 1977-1979
A banda lança Sad Wings of Destiny em 1976, disco bem participativo por Rob Halford, teve boa repercussão pela crítica mas foi o último gravado pela Gull Records.
Foi devido à falta de apoio por parte da Gull Records que levou a banda a assinar contrato com a Columbia Records. Logo de seguida a banda perdeu todos os direitos em relação aos dois primeiros discos, bem como todas as demos até aí gravadas.
Mesmo tendo sido lançado em 1976 e ser apenas o 2º álbum de estúdio dos Metal Gods, Sad Wings of Destiny é até hoje eleito por muitos como o melhor trabalho da banda. Foi talvez um dos mais pesados já realizados pelo Judas Priest, foi o grande passo para a entrada da banda no mundo 100% do Heavy Metal, marcando um grande avanço e transição de estilo do primeiro álbum, estilo que a banda seguiu e aprimorou durante toda a década de 70, foi um disco que marcou época, eleito também um dos mais influentes do estilo, e que inspiraram várias outras bandas.
O vocal de Rob Halford talvez tenha sido o melhor de todos nesse álbum, sua voz marcante começa a ganhar tom nesse trabalho, onde fica claro a grande "familiaridade" entre todos os integrantes. Grandes faixas foram produzidas e que marcariam a história do Heavy Metal, Tyrany, Island of Domination, The Ripper, Dreamer Deceiver, entre outras. E é claro a maior e melhor faixa de todo o disco, que posteriormente se tornaria um hino do estilo, Victim of Changes, mostra toda a habilidade e capacidade do Judas, não tão evidenciada no álbum anterior, a voz do deus do metal ficou simplesmente perfeita aqui.
Com o álbum Sin After Sin de 1977 a banda apareceu pela primeira vez nas paradas inglesas, com pesos como Sinner, Dissident Aggressor e Call For The Priest, que até hoje são pedidas nos shows e a Diamonds and Rust, um cover da cantora de Folk Joan Baez. Foi o álbum estreia do jovem baterista Simon Phillips de apenas 19 anos.
Stained Class e Killing Machine
Com o lançamento de Stained Class em 1978, o Judas Priest já era considerada uma banda bastante influente, faixas como Exciter e Beyond the Realms of Death que fizeram o álbum ser um dos melhores já lançados pela banda.
Neste álbum, o Judas Priest encontra-se numa fase transitiva, de um Heavy Rock para o Heavy Metal propriamente dito. Dentre os álbuns da década de 70, todos possuíam uma sonoridade mais Hard Rock, e "Stained Class" leva um peso maior nas suas músicas.
A faixa "Better By You, Better Than Me", na época, foi envolvida em um escândalo pois foi acusada de envolver dois suicídios de adolescentes nos Estados Unidos. A mídia então, usou um grande sensacionalismo contra a banda e a banda foi processada pela família dos envolvidos. Mas no fim, nada foi provado contra o Judas Priest ou que a mesma tenha incentivado a prática de suicídio. Na verdade, as causas prováveis do suicídio eram que os adolescentes sofriam abuso, mas o escândalo marcou definitivamente a imagem da banda.
Killing Machine de 1978 (lançado nos Estados Unidos com o nome Hell Bent For Leather) continuou o sucesso do Judas Priest, consolidando a banda nas paradas inglesas. O álbum mostrou que o Judas Priest estava mudando para um estilo mais comercial, no entanto, ainda continha os temas obscuros líricos de seus álbuns antecessores.
Ápice: British Steel, Point of Entry, Screaming For Vengeance e Defenders of the FaithDave Holland, ex-Trapeze, assumiu a bateria para o disco British Steel de 1980, considerado um dos discos mais influentes do Metal mundial na época, que teve pela primeira vez grande repercussão mundial, com hits como Breaking The Law, que possui um riff marcante, e Living After Midnight, que viraram hinos e de fácil assimilação, além de terem sido feitos videoclipes para essas músicas.[editar]
Lançado em 1981, Point of Entry continuou o sucesso do álbum anterior, tendo singles como Don't Go, Heading Out to the Highway e Hot Rockin.
Turbo e Ram it Down[editar]
O álbum Turbo, lançado em 1986 tratou-se do mais polêmico da banda, que em busca de sonoridades mais atuais havia incorporado instrumentos eletrônicos. Apesar da imensa vendagem (movida pelos excelentes álbuns anteriores) o disco não foi bem aceito por crítica nem público. Turbo incorporava avanços técnico-instrumentais oitentistas à sonoridade do Priest (o mais marcante seria o uso de guitarras sintetizadas), mas soava prejudicado pela temática das letras e pela sonoridade muito comercial, incompatível com a história da banda. O próprio visual da banda durante o período, com roupas, cortes de cabelo, postura e a produção de palco da turnê assemelhava-se as de outras bandas da época, saindo de sua imagem original.
O álbum seguinte, Ram It Down, de 1988 foi um retorno à sonoridade e ao visual característico da banda, porém é acusado por muitos de ser um ponto ainda mais baixo na carreira do Judas, aprofundando radicalmente todos os aspectos negativos de seu antecessor, sem contar, entretanto, com as virtudes deste (como performances menos inspiradas, segundo os críticos). Até hoje, apesar das veementes negativas da banda, cogita-se que parte das baterias usadas na mixagem final seja eletrônica.
Painkiller e a saída de Halford[editar]
A volta por cima seria dada em 1990 com o excepcional Painkiller, um disco moderno, rápido e violento, que trouxe de volta à ativa o gênero Speed Metal que estava um pouco esquecido na época.
Alguns fãs mais ortodoxos, não consideram "Painkiller" um álbum tão bom quanto os lendários Screaming For Vengeance e Defenders Of The Faith". Em algumas músicas, podemos perceber claramente a sonoridade típica do Judas Priest, como em "Night Crawler", "Leather Rebel","Battle Hymn"(esta última, instrumental). Mas em outros como a faixa título e "Metal Meltdown", vemos uma violência excessiva, muito pesado. Com o novo baterista Scott Travis, na ocasião também integrante do Racer X, a banda se apresentou no Brasil na segunda edição do Rock In Rio, não deixando ninguém parado na noite do Metal, em uma noite memorável junto com outros grandes nomes da cena como Megadeth e Queensrÿche, além do Sepultura "from Brazil".
Em 1992, Rob Halford abandonou a banda para montar o Fight que a princípio deveria ser apenas um projeto paralelo, após isso o Judas entrou em hiato indefinido.
The Ripper[editar]
Após um longo período de indecisão, em 1996 o Judas Priest anunciou que iria voltar com um novo vocalista e para o lugar de Halford foi escolhido Tim "Ripper" Owens que havia integrado noWinters Bane e durante anos em uma banda cover do Judas Priest (fato esse que inspirou o diretor Stephen Herek a compor e produzir o filme Rock Star.
Jugulator, '98 Live Meltdown e Demolition[editar]
Desta tentativa coberta de sucesso, sai em 1997 o álbum Jugulator, que trazia uma banda totalmente diferente de tudo que já havia feito. Um álbum muito mais pesado mesclando heavy comthrash além de elementos do Industrial Metal e diferente do Speed Metal de Painkiller. Os cultuados solos da banda, por exemplo, deixam de ser tão elaborados como em seu antecessor.
Em 1998 sai '98 Live Meltdown. Um álbum duplo ao vivo com músicas antigas e canções recentes, todas adotando a nova sonoridade da banda, com forte influência do Thrash Metal. Ripper Owens se mostra versátil na interpretação das canções da era de Rob Halford, além de suas próprias músicas - uma de suas contribuições para o Judas Priest mais lembradas é a sua versão para "Diamonds & Rust" (originalmente de Joan Baez) do disco Sin After Sin.
Em 2001 sai Demolition. Seguindo as mudanças iniciadas em Jugulator, o Judas tende ao metal moderno (até por vezes alternative / new metal), sem olhar para trás. Demolition marca a consolidação de Ripper Owens como vocalista, e um estilo musical diferente. Novamente, gerou discórdias, com muitos fãs radicais não aprovando o resultado final.
2003: A volta de Halford[editar]
Em 2003 começam boatos sobre a saída de The Ripper e a volta de Halford ao Judas Priest. E mais tarde surgiu na mídia especializada a notícia, só que de forma oficial, dando conta que Rob Halford confirmava sua volta ao Judas Priest, e que consequentemente Tim "Ripper" Owens seria demitido da banda. Foi o que aconteceu, mas de forma profissional, educada e amigável, tanto pelo lado do vocalista quanto pelo lado do Judas Priest. Após ser tudo oficializado, Tim Owens deu algumas declarações na imprensa falando sobre sua partida do Judas Priest: Disse que estava agradecido pelos anos que passou no Judas, provavelmente os melhores de sua vida. E o melhor de tudo era que a amizade entre os membros do Judas Priest não seria afetada. Com a volta de Halford, a banda faz uma turnê comemorativa e se apresenta em 2004 pela primeira vez no Ozzfest, nos Estados Unidos.
Angel of Retribution e Nostradamus
Em 2005, sob ótima recepção e para concretizar a reunião da formação clássica, sai o aguardado novo álbum da banda com Halford nos vocais - Angel of Retribution é uma volta ao Metal mais tradicional e característico da banda. A turnê desse disco trouxe o Judas Priest de volta ao Brasil em Setembro de 2005 e rendeu o DVD "Rising in The East", que foi gravado ao vivo no Budokan, em Tóquio, no Japão.
Em 2008, a banda veio com um disco duplo e conceitual Nostradamus, um álbum duplo centrado em torno do vidente e alquimista francês deste nome, e é o primeiro álbum conceitual lançado pela banda. No início, o álbum não foi bem aceito por alguns fãs ortodoxos e jovens, por ser muito complexo. Mas atingiu a 11ª posição na Billboard 200, a melhor posição de um álbum do Judas na parada americana.
Saída de Downing e última turnê
Em 7 de dezembro de 2010, foi anunciado no site oficial da banda a turnê "Epitaph". No ano seguinte, meses antes à turnê a banda anunciou a saída oficial de K.K. Downing3 , Richie Faulknerassumiu o posto de 2º guitarrista na turnê que marcou a despedida dos grupo dos grandes shows mundiais.
Componentes[editar]
Formação atual[editar]
- Rob Halford - Vocal (1973-1991, 2003-hoje)
- Glenn Tipton - Guitarra (1974-hoje)
- Richie Faulkner - Guitarra (2011-hoje)
- Ian Hill - Baixo (1969-hoje)
- Scott Travis - Bateria (1989-hoje)
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